Por que a psicanálise?
- Júlia Romualdo

- 14 de abr.
- 1 min de leitura
Breve comentário sobre a minha escolha de abordagem e clínica.

Ainda na faculdade, encontrei-me na abordagem psicanalítica. A psicanálise não se limita a estereótipos simplificados ou interpretações reducionistas do inconsciente—ela vai além. É mais do que se pode ver, mais do que se pode ouvir, mais do que, muitas vezes, se pode compreender de imediato.
Segundo Freud, em seus estudos sobre a histeria, a psicanálise tem o papel de libertar as amarras que aprisionam o sujeito, permitindo-lhe acessar seus próprios desejos e alcançar suas metas. Não se trata de eliminar sintomas, mas sim de compreendê-los e encontrar formas de lidar com eles, respeitando a singularidade de cada pessoa.
Estar em análise é dar-se a oportunidade de redefinir a própria identidade. É olhar para aspectos que costumamos ignorar e que, muitas vezes, causam dor psíquica. É atravessar a angústia, explorar pensamentos e ações, compreender emoções e ressignificar sentimentos. Embora o passado seja um elemento essencial na investigação psicanalítica, o objetivo é o presente e o futuro, proporcionando ao sujeito um olhar mais profundo sobre si mesmo e suas possibilidades de transformação.
Cada indivíduo tem seu próprio tempo de elaboração e superação, e a psicanálise possibilita esse percurso sem imposições, sem promessas enganosas, apenas com a construção gradual de um saber sobre si.
Quando compreendi a verdadeira finalidade da psicanálise, vivenciando-a em minha própria análise, perguntei-me: Por que não a psicanálise?
Não encontrei resposta. Talvez porque não há melhor caminho para aqueles que desejam se conhecer profundamente. E assim, escolhi a psicanálise como orientação teórica e clínica—um percurso de constante aprendizado e transformação.
Texto: Júlia Romualdo
Psicóloga Clínica | CRP: 05/52830






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